Acesso Seguro!

Homem de 35 anos de idade morre asfixiado após tentativa de internação forçada

Homem morre asfixiado após tentativa de internação forçada

Uma tentativa de internação forçada terminou em tragédia na tarde de quinta-feira (1) quando Jean Carlos Bastos de 35 anos morreu após ser contido com um golpe conhecido como “mata-leão” por funcionários de uma clínica de reabilitação.

O caso ocorreu em Araraquara, mas a vítima morava em Américo Brasiliense.

Segundo o boletim de ocorrência e os relatos prestados à Polícia Civil, a mãe de Jean, de 57 anos, procurou ajuda para o filho após encontrar o contato da clínica na internet. Apesar de não haver autorização judicial, a instituição ofereceu o serviço de “internação compulsória”. No mesmo dia, quatro funcionários foram até a residência da família, na Rua Pedro Mussi, no Jardim Ponte Alta, em Américo.

Jean estava em casa, no quarto, e resistiu à remoção.

De acordo com a mãe os funcionários entraram no cômodo o derrubaram no chão e o algemaram e aplicaram uma contenção física no pescoço.

“Depois me entregaram ele desmaiado, com o rosto roxo”, relatou a mãe em depoimento.

Durante o trajeto até a clínica no bairro Parque das Laranjeiras em Araraquara os homens perceberam que Jean não reagia.

Eles pararam o carro em um posto de combustíveis e ao constatarem a gravidade da situação levaram a vítima até a UPA do Melhado.

Jean teve uma parada cardíaca foi entubado pela equipe médica mas não resistiu.

O corpo foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) e de acordo com laudo preliminar a causa da morte foi asfixia mecânica.

Os quatro envolvidos — homens de 21, 25, 35 e 36 anos — alegaram em depoimento que Jean estaria agressivo e que a intenção era ajudá-lo a sair das drogas. Eles admitiram ter usado contenção física e o algemaram antes de colocá-lo no banco traseiro do veículo.

Para o advogado da família Leonardo Ribeiro houve abuso e crime por parte da equipe da clínica.

“Foi uma abordagem ilegal, sem respaldo judicial, feita com violência. Jean não representava ameaça a ninguém. A mãe foi enganada por um serviço que deveria acolher, não matar”, afirmou.

A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar o caso que foi registrado como morte suspeita.

Os envolvidos podem responder por homicídio (doloso ou culposo) e exercício ilegal da medicina caso fique comprovado que utilizaram técnicas de contenção sem capacitação profissional.

Jean que trabalhava como auxiliar de serviços gerais foi sepultado nesta sexta-feira (2) no Cemitério Municipal de Américo Brasiliense.

COMUNICADO IMPORTANTE:

Acesse o nosso site noticia Guariba pelo grupo do zap clicando no link abaixo que vc recebera as noticias rapidamente.

https://whatsapp.com/channel/0029VaPFOzmJkK7IJu97Ap1Y