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Adolescente de 16 anos perde a luta contra câncer raro

Adolescente perde a luta contra cancer raro
O que parecia apenas um mal-estar se transformou em poucos dias em uma luta pela vida.
 
Lázaro Vinícius Fernandes um adolescente de 16 anos, saudável e cheio de energia e sem histórico de doenças foi internado no Hospital Regional de Cacoal (RO) e em apenas 12 dias teve sua vida interrompida por um câncer raro e agressivo: o linfoma de Burkitt.
 
Esse tipo de câncer é muito raro e cresce de forma extremamente rápida o que torna o diagnóstico precoce essencial.
 
No caso de Lázaro a doença avançou tão depressa que os médicos tiveram dificuldade para identificar o que estava acontecendo a tempo.
 
Ao g1, Ingridy Mayara Prado, irmã de Lázaro Vinícius, contou que o irmão era saudável e que nunca apresentou problemas de saúde.
“O Lázaro dizia várias vezes no hospital que os médicos só saberiam o que ele tinha depois que ele se fosse.
 
No dia 31 de março ele retornou pra casa, mas agora uma nova casa”, contou Ingridy.
 
O que parecia estar tudo bem começou a mudar no início de 2025.
 
O adolescente fazia planos para a visita da irmã quando começou a sentir dores, após uma queda de bicicleta que resultou em um ferimento no lábio, nada muito grave.
 
No dia seguinte, ele passou a sentir dores intensas na região do rosto.
A família inicialmente suspeitou de um dente inflamado, mas essa hipótese foi descartada após uma consulta médica.
 
O diagnóstico preliminar apontou a possibilidade de uma inflamação em um dos nervos.
 
Após 15 dias, Lázaro foi atendido por um neurologista, mas as dores continuavam.
 
Devido à intensidade ele precisou ser internado para observação.
 
Segundo a irmã ele começou a tomar medicamentos fortes, mas não apresentava melhoras.
 
Estava cada vez mais fraco e já havia perdido cerca de 10 quilos.
O estado de saúde de Lázaro se agravava.
 
Ingridy conta que ele deu entrada no hospital com as plaquetas em 37 mil, mas os níveis continuaram caindo dia após dia, chegando a 20 mil.
 
Apesar dos exames realizados pelos médicos, o diagnóstico seguia incerto e ninguém sabia o que estava acontecendo.
“Isso foi deixando ele mais ansioso, mas ele não perdeu a fé nem por um minuto. Tomou muitas e muitas ampolas de morfina para aliviar a dor, mas o efeito era passageiro. Em poucas horas, a dor voltava”, relembra a irmã.
 
Mesmo com a reposição de plaquetas e a realização de três biópsias na medula óssea, no couro cabeludo e na região do pescoço, onde havia um inchaço, Lázaro não apresentava sinais de melhora. Seu quadro só piorava. Ele voltou a sentir fortes dores e passou a ter sangramentos pela gengiva, pelo nariz e vômitos.
 
No sábado, 29 de março, o estado de Lázaro piorou rapidamente. Com falta de ar, foi atendido por médicos da UTI e transferido às pressas após ser diagnosticado com sepse, uma infecção grave contraída no hospital. Em estado gravíssimo, tinha plaquetas muito baixas, sangramentos e piora acelerada.
Antes de ser levado para a UTI, ele conseguiu conversar com a família e se despediu, ainda consciente. No domingo, 30 de março, pela manhã, sofreu uma parada cardíaca de 15 minutos, mas respondeu aos medicamentos. À tarde, já em coma induzido e respirando por aparelhos, chegou a perder parte dos dentes saudáveis, algo sem explicação, já que o diagnóstico ainda não havia sido definido.
Naquela noite, o hospital comunicou uma nova parada cardíaca, dessa vez de 30 minutos. Lázaro não resistiu. Morreu após 12 dias internado, de forma repentina, deixando a família sem respostas sobre o que tirou a vida do jovem.
fonte; G1 RO