
Técnica de enfermagem convidou o namorado e o cunhado para comer pizza em casa antes de ser morta por eles
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- Sexta, 21 de fevereiro de 2025 às 09:30
Técnica de enfermagem convidou o namorado e o cunhado para comer pizza em casa antes de ser morta por eles em MG
A técnica de enfermagem Pâmela Nunes Valadares, de 28 anos, convidou os próprios assassinos para comer uma pizza na noite em que foi morta em Frutal, no Triângulo Mineiro.
À Polícia Civil, o namorado e o cunhado dela, suspeitos do crime, contaram bebiam juntos quando a vítima brincou de dar tapas no cunhado. Ele não gostou e exigiu que Pâmela pedisse desculpas.
"A vítima deu um segundo tapa no cunhado, que disse que a vontade dele era matá-la. Ele esperou que a pizza fosse entregue e exigiu novamente que ela pedisse desculpas. Quando ela negou, ele partiu para cima dela, a agrediu com socos e começou a enforcá-la", afirmou o delegado para Polícia Civil, Fabrício Altemar.
Ao ver a namorada ser enforcada pelo irmão, o namorado de Pâmela disse que o ajudou e terminaram de matá-la. Após desovarem o corpo na zona rural, os suspeitos ainda retornaram para a casa da vítima e comeram a pizza.
O crime
Natural de Tocantins, Pâmela era mulher trans e trabalhava em dois hospitais de Frutal, sendo um deles da rede pública.
Após a confraternização que culminou no feminicídio da técnica de enfermagem, os suspeitos ainda jogaram o corpo da mulher em uma fossa na zona rural da cidade.
"Quando o cunhado da Pâmela viu que ela não iria pedir desculpas, passou a agredi-la com socos. Ele contou em depoimento que um dos golpes chegou a quebrar um dente da vítima. Iremos aguardar o resultado da perícia para ver se realmente isso ocorreu. Em seguida a Pâmela partiu para cima dele e é quando ele a joga contra uma pilastra e começa a esganar", disse o delegado.
Em seguida, o cunhado e o namorado de Pâmela pegaram uma corda e a enforcaram até a morte.
O corpo da vítima foi colocado pelos criminosos em um carrinho de mão, levado até uma chácara onde o namorado de Pâmela já morou e jogado em uma fossa.
"Eles enrolaram o corpo em um cobertor e usaram a mesma corda que a enforcaram para amarrar os braços e pernas. Depois de se livrarem do corpo, os dois homens voltaram para a casa da Pâmela e comeram a pizza, enquanto pensavam no que fariam. O plano que eles traçaram era fugir e, inclusive, iriam mobiliar a casa nova com os móveis da vítima".
Segundo a PM, uma equipe foi acionada para checar a casa da vítima após ela não aparecer para trabalhar no hospital. As amigas de Pâmela teriam mandado mensagens para a vítima, que respondeu, mas se recusou a mandar áudios quando solicitada.
As amigas chegaram a dizer para os militares que a vítima dizia que, se ela sumisse, seria culpa do namorado. Ela ainda relatava ser vítima de agressões cometidas pelo companheiro.
Corpo jogado em fossa
A PM foi até a casa de Pâmela, mas a encontrou vazia. Horas depois, foram até a casa do namorado dela, que confessou o feminicídio. Ele indicou onde estava o corpo e entregou ainda a participação do irmão
Os militares apreenderam a moto elétrica da vítima. Foi apurado que eles levaram o corpo da técnica de enfermagem para o local e depois o esconderam com um carrinho de reciclagem, que também estava na residência.
O Corpo de Bombeiros foi acionado para dar apoio à ocorrência e resgatar o corpo de Pâmela, que estava dentro de uma fossa. Os trabalhos ocorreram ainda durante a noite.
Após a perícia, foi identificado que a vítima foi enforcada. Também foi encontrada na casa de Pâmela uma poça de sangue no lado de fora, onde as investigações apontam que os suspeitos podem tê-la matado. O sangue foi levado para análise.