O que era para ser uma despedida digna se transformou em um momento de dor ainda maior para o operador de metalúrgica José Carlos dos Santos, de 56 anos.

 

Durante o velório da esposa, Rosilene de Sousa, de 53, no último sábado (17), no Cemitério Jardim Santa Lídia, em Mauá, o caixão cedeu e o corpo da mulher caiu no chão, diante de familiares e amigos.

 

As informações são do Diário do Grande ABC.

 

A cena que durou cerca de 15 minutos até a chegada de um novo caixão, ficou marcada na memória de José Carlos.

 

O serviço funerário foi prestado pela empresa Ossel, com quem o casal mantinha um plano ainda em vigência, pago em parcelas mensais de R$ 130. Revoltado, ele pediu o cancelamento imediato do contrato.

 

“O corpo do amor da minha vida cedeu como lixo, com espumas e jornal picado em volta. Sem a roupa posta nela direito, na queda, ela ficou nua (a calça fornecida pela família não estava vestida e só colocada por cima do corpo)”, contou o morador de Mauá ao Diário do Grande ABC.

 

José Carlos afirma que outras nove pessoas da família testemunharam a cena e ficaram igualmente abaladas. “Foi a maior dor da minha vida perder ela e ver isso. Me questionei como pude pagar R$ 130 mensais nos últimos meses e não me importa se colocarem a culpa em uma terceirizada, peguei nojo”, desabafou.

 

Em nota, a empresa Ossel reconhece o incidente e vai auxiliar nas investigações para entender como aconteceu essa falha:

 

"Com 37 anos de atuação no setor, a Ossel Assistência reconhece o lamentável incidente ocorrido neste sábado (17) durante um sepultamento no Cemitério Santa Lídia, em Mauá. Embora o atendimento em questão não tenha sido realizado diretamente pela Ossel Assistência, assim que tomamos ciência do ocorrido, prontamente fornecemos todo o suporte necessário à família enlutada. Estamos comprometidos em investigar e entender as circunstâncias que levaram a essa falha, sempre buscando melhorar nossos serviços e garantir a excelência no atendimento a nossos clientes."