
Joyce Sousa Araújo de 21 anos de idade, grávida de 6 meses com morte cerebral está sendo mantida viva no aparelho para salvar bebê
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Destaque
- Quarta, 22 de janeiro de 2025 às 12:00
Grávida de 6 meses com morte cerebral é mantida viva para salvar bebê
Mãe teve um aneurisma.
Equipe médica busca garantir o desenvolvimento do bebê até o sétimo mês de gestação antes de realizar o parto
A jovem Joyce Sousa Araújo de 21 anos está sendo mantida viva por aparelhos após ter sofrido morte cerebral, que foi decretada em 1º de janeiro.
Ela está grávida de seis meses e ficará internada até o final do mês quando o parto será realizado.
Joyce está internada na Santa Casa de Rondonópolis (MT) no município a 200 km de Cuiabá.
Ela teve uma dor de cabeça intensa em 20 de dezembro do ano passado e foi internada na unidade de saúde por conta do rompimento de um aneurisma cerebral que se desenvolveu silenciosamente.
“A Joyce, tecnicamente, já faleceu. Como ela está no final da gestação, isso é feito na intenção de salvar o bebê, é uma excepcionalidade. No geral, quando fecha o diagnóstico de morte cerebral, é decretado o óbito e desligamos os aparelhos”, explica o neurocirurgião Victor Hugo Espíndola, de Brasília.
Gestações com morte cerebral
A manutenção da gestação de pacientes com morte cerebral costuma ser adotada pela equipe médica sempre que possível para tentar preservar a vida do bebê.
Entretanto há uma série de desafios envolvidos.
A vida antes do aneurisma
Joyce e o marido João Matheus Silva de 23 anos já tinham duas filhas de três e sete anos.
O casal se mudou para o Mato Grosso em 2023.
Em um depoimento nas redes sociais, João conta que Joyce apresentava dores de cabeça leves desde o início da gravidez mas nada indicava a presença do aneurisma.
“Antes, não havia nada, mas assim que ela engravidou, passou a sentir algumas dores de cabeça, mas eram leves, não tínhamos como suspeitar”, explica.
Agora, a família busca recursos por meio de doações para levar o corpo de Joyce de volta a Estreito, na fronteira do Maranhão com Tocantins, a cidade natal dos dois, após o nascimento do bebê.
“A verdade é que eu ainda não consigo acreditar no que está acontecendo.
O mais difícil é saber que nossos filhos vão crescer sem mãe”, lamenta.