A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que um PM foi preso e teve a arma recolhida.
A gravação das câmeras das fardas também será analisada.
A pasta disse que não compactua com excessos ou desvios de conduta e informou que a Polícia Civil busca imagens para esclarecer o caso.
A mãe da vítima conta que estava com os filhos e alguns amigos em frente a um bar na rua Capitão Pucci em Guaianases quando dois homens passaram correndo e eles foram ver o que estava acontecendo.
Os policiais, que vinham logo em seguida abordaram o filho dela e o jogaram no chão.
Nesse momento aconteceu um disparo que acertou Victoria Manuely dos Santos no tórax.
"Meu filho disse: 'eu não tenho nada a ver com isso, não tenho nada a ver com isso, me solta, me solta'. E aí ele [o PM] o jogou no chão e a arma disparou.
Só ouvi o tiro e minha filha jorrando sangue", contou Vanessa Priscila dos Santos, mãe da jovem morta.
Segundo ela, houve demora para socorrer a filha.
Foi muito feio, foi a pior coisa da minha vida, jorrou sangue, e eles [PMs] não levaram, não a socorreram. Pedi pelo amor de Deus. Ajoelhei ao pé do policial pra ele socorrer minha filha.
Eles não socorreram.
Eles estavam preocupados em colocar meu filho dentro da viatura.
Victoria chegou a ser levada para o Hospital Geral de Guaianases, mas não resistiu ao ferimento.
O irmão de Victoria soube da perda da irmã quando foi levado à delegacia pela PM e, ao ouvir da mãe que a jovem havia morrido, ele desabou no chão em desespero, chorando muito.
Desolada, Vanessa estava inconformada com a situação.
Meu filho não deve nada pra Justiça, não deve nada. Só que tem passagem, né? O erro dele. Tudo isso. Queria tanto que esse tiro fosse em mim, como eu queria, Senhor.
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Segurança Pública lamentou a morte da jovem e disse que "investiga todas as circunstâncias da ocorrência, ainda em andamento.
O policial militar foi preso em flagrante e conduzido ao 50º DP onde o caso foi registrado. A Polícia Civil busca imagens que possam esclarecer os fatos".
E acrescentou: "A Polícia Militar não compactua com excessos ou desvios de conduta e pune exemplarmente aqueles que desobedecem aos protocolos estabelecidos pela Corporação. A arma do policial foi recolhida e as imagens das Câmeras Corporais estão sendo analisadas.
Um Inquérito Policial Militar será aberto para investigar os fatos".
O caso está sendo registrado no 50º Distrito Policial, no Itaim Paulista.
O irmão da vítima permanece detido na delegacia, mas a polícia não foi informado o motivo da prisão.